O hipotireoidismo é a condição na qual a glândula tireoide não produz a quantidade suficiente de hormônio da tireoide. A glândula da tireoide está localizada na parte da frente do pescoço, abaixo do chamado pomo de adão, possuindo formato de borboleta e podendo pesar até 25 gramas em pessoas adultas. 

A tireoide é responsável pela produção dos hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina), que atuam em todos os sistemas do nosso organismo e em processos como o metabolismo, o crescimento e o desenvolvimento e a temperatura do corpo. 

Quais são os sintomas?

O hipotireoidismo é mais predominante em mulheres idosas. Mas, apesar de atingir mais as mulheres, a doença pode afetar qualquer indivíduo, independente do gênero e da idade. 

Portanto, é importante estar atento aos sintomas e procurar ajuda de um médico endocrinologista o quanto antes. Confira abaixo alguns dos sintomas que servem como alerta para o hipotireoidismo:

  • Fadiga;
  • Depressão;
  • Letargia;
  • Sensações frequentes de frio;
  • Retenção de líquido;
  • Disfunção sexual;
  • Palidez;
  • Ritmo cardíaco lento;
  • Olhos inchados;
  • Intestino preso;
  • Menstruação irregular.

Além disso, fatores como diminuição da memória; dores musculares; dores nas articulações; sonolência excessiva; pele seca; queda de cabelo; ganho de peso; aumento do colesterol no sangue, entre outros, também merecem atenção. 

Logo após o diagnóstico de hipotireoidismo é necessário começar o tratamento da doença imediatamente para evitar maiores complicações para a saúde do paciente.

Quais são as possíveis complicações?

Se acaso o paciente não procurar um médico ou o tratamento prescrito não seja o adequado para o caso em questão, é possível que surjam algumas complicações. Entre elas estão:

  • Anemia: a anemia é resultado da falta de glóbulos vermelhos ou glóbulos vermelhos disfuncionais no corpo, o que causa a redução do fluxo de oxigênio para os órgãos;
  • Coronariopatia: doença que afeta os principais vasos sanguíneos do coração;
  • Problemas gastrointestinais: acometem o sistema digestivo (estômago, esôfago, intestino grosso, intestino delgado, cólon, reto e ânus), além de órgãos como pâncreas, fígado e vesícula biliar;
  • Problemas renais: doenças em que os rins perdem a capacidade de remover e equilibrar fluidos no organismo;
  • Dislipidemia: níveis elevados de lipídios, ou seja, gorduras no sangue; 
  • Hipertensão arterial: doença que ataca os vasos sanguíneos, coração, cérebro, olhos e pode causar paralisação dos rins;
  • Insuficiência cardíaca: doença crônica em que o coração não bombeia o sangue como deveria;
  • Elevação dos níveis de colesterol: o colesterol alto pode limitar o fluxo de sangue, sendo assim, aumenta o risco de ataque cardíaco ou acidente vascular cerebral;
  • Disfunções metabólicas: as reações que compõem o metabolismo podem ser classificadas em dois grandes processos metabólicos: o anabolismo e o catabolismo. As disfunções nesses processos faz com que eles não funcionem da forma correta.

Principais causas

A causa mais comum é a síndrome de Hashimoto, uma inflamação autoimune crônica da tireoide, que acontece em virtude do ataque do organismo às células da tireoide. Portanto, trata-se de uma reação autoimune. 

Mas, existem também outras causas, por exemplo: 

  • inflamação da tireoide (tireoidite);
  • tratamento de hipertireoidismo;
  • câncer da tireoide;
  • falta de iodo;
  • aplicação de radiação à cabeça e pescoço;
  • distúrbios hereditários, entre outros. 

Em contrapartida, um caso mais raro de hipotireoidismo ocorre quando a hipófise falha em secretar hormônio estimulante da tireoide (TSH) de forma suficiente.

Quais as formas de tratamento?

O tratamento do hipotireoidismo é feito por meio da reposição hormonal com uma versão sintética do hormônio T4 (levotiroxina). Nesse processo, portanto, o hormônio T4 é convertido em T3 para agir nas células. 

Desse modo, as doses são tomadas de forma gradativa para evitar efeitos colaterais, principalmente em idosos. Os comprimidos devem ser tomados em jejum, pelo menos 30 minutos antes do café da manhã, ajustando a dose conforme o grau de desequilíbrio na glândula. 

Como prevenir

Em resumo, a adoção de alguns hábitos no dia a dia pode ajudar na prevenção. Conheça alguns deles a seguir:

  • Ingestão adequada de iodo (presente em alimentos como o sal de cozinha, frutos do mar, leite, ovos, etc);
  • Praticar exercício físico regularmente previne diversas doenças, além de melhorar o humor, a qualidade do sono, aumentar a energia, entre outros benefícios; 
  • Após os 40 anos deve-se realizar exames de rotina para medir a dosagem do TSH, hormônio estimulante da tireoide, que regula a produção do T3 e T4.

Para saber mais informações sobre saúde e temas relacionados continue acompanhando nosso site ou entre em contato conosco.

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